
A Psicologia Evolucionista (que muitos confundem com psicologia evolutiva, ou seja, psicologia do desenvolvimento) é uma área que mais cresce no mundo e no
Brasil. Infelizmente muito das críticas negativas a ela está embasada em entendimentos errôneos, preconceitos e noções simplistas equivocadas sobre como o fator biológico se manifesta no comportamento humano e quais são suas implicações sociais.

Sugiro às pessoas que antes de despejarem seus “ismos” indignados: biologismo, determinismo, sexismo, naturalismo, reducionismo, fatalismo, conformismo entre outros, leiam o texto sobre se
nós somos realmente dominados por nossos genes ou apenas por mal-entendidos. E descubram quantas noções preconceituosas sobre a natureza humana temos enraizadas.


Os livros que estão mais voltados para resolver esses entendimentos equivocados são o
O Que Nos Faz Humanos de
Matt Ridley e o
Tabula Rasa de Steven Pinker. Nesses
livros uma coisa fica bem clara, que nossa velha noção sobre a natureza humana é uma das coisas que devemos desaprender e deixar muito dos preconceitos que impedem nosso entendimento sobre a Psicologia Evolucionista para trás.

E o programa
"Coisas que nunca deviamos aprender" sobre Psicologia Evolucionista, em
espanhol, que veremos abaixo, trata justamente da questão das novas noções sobre a natureza humana que estão desafiando concepções pautadas em entendimentos equivocados. Com a participação de
Steven Pinker, ricamente ilustrado e com uma discussão final sobre as mudanças de paradigmas este programa tem três vídeos bem interessantes.

No
primeiro vídeo veremos a discussão sobre nossa tendências agressivas e medos de cobra, sobre a antiga visão da tabula rasa, as inter-relações entre natureza e criação, as ligações com o projeto genoma e com a discussão das
células tronco, veremos ainda que existe um grande preconceito frente as sociedade de caçadores coletores tribais, mas na verdade as habilidades mentais são as mesmas em todas culturas.

No
segundo vídeo serão discutidas as diferenças entre homens e mulheres, seu desenvolvimento ontogenético, as influências mútuas entre cultura e circuitos cognitivos inatos, veremos que os seres humanos não têm menos se não mais instintos do que os outros animais, e como exemplo a linguagem, os tabus sexuais, ainda veremos as diferencias entre os sexos nas
estratégias sexuais e o movimento hippie enquanto mais uma utopia sexual.
No
último vídeo veremos o mal-entendido da suposta impossibilidade de mudança social, analisaremos a tabula rasa para perceber que diferença não é desigualdade, e na conversa final teremos a discussão sobre a revolução científica e as mudanças de paradigmas. E mudança é o que está acontecendo em todo o mundo quando se fala da natureza humana, pois a "natureza humana nunca foi rasa e está começando a ser lida".